Amigo, me diz que perfume
Estranho é esse que rola no ar
Fragrância de samba, de bossa, de poetizar
É o cheiro da alma do povo
Que libera a emoção popular
Amigo, tô com você, tem bossa no ar
Estranho é que eu ando
Contente nesses tempos de tanto chorar
Quem sabe essa alma da gente possa transportar
A alma do tempo presente
Desses tempos de tanto chorar
Pro tempo de se esperançar
Com o povo da gente a cantar
Dolores, Agostinho, Luiz Eça, Elis
Meu Deus, quem viu?
Talvez já estejam aqui reunidos num bar
Compondo em novos copos novas bossas pro Brasil
Viniciusde moral,
Plural Moraes singular
Amigo, me diz que perfume…
E aí se João Gilberto topasse cantar
O Tom, talvez, quem sabe, retornasse um sabiá
Ou, alegre, assim, um filho da Wanda Sá