Rio, trinta e um de março
Meu amor, a dor vai me consumir
Devo admitir
Longe dos guris, longe de você
É imenso o apartamento
E o dilêncio, amor, é ensurdecedor
Tenta perdoar a desatenção
Se não perdoar
Meu amor, sei não, te amo
Quatro de abril, a dor consumiu
Também minh’alma de mulher
Acho até que posso dizer
Morrer é viver a vida que eu vivi
Morrendo por você
Quando eu te vi com a outra nos sinais
Eu me perdi e me vinguei demais
Nossos guris deixei com os animais
Te possui no corpo dos navais
Quando voltei, eu me nivelei
Àquela dama dos sinais
Fui a ré perante os guris e me condenei
Mas não te perdoei
O amor não tem sursis
Hoje eu reli tua carta com paixão
Depois eu ri, que data prum perdão
Mas nosso amor é uma revolução
Eu e você
Amor, também não sei, te amo
Te amo