Revolução – (Roberto Menescal e Paulo César Feital)

Rio, trinta e um de março

Meu amor, a dor vai me consumir

Devo admitir

Longe dos guris, longe de você

É imenso o apartamento

E o dilêncio, amor, é ensurdecedor

Tenta perdoar a desatenção

Se não perdoar

Meu amor, sei não, te amo

Quatro de abril, a dor consumiu

Também minh’alma de mulher

Acho até que posso dizer

Morrer é viver a vida que eu vivi

Morrendo por você

Quando eu te vi com a outra nos sinais

Eu me perdi e me vinguei demais

Nossos guris deixei com os animais

Te possui no corpo dos navais

Quando voltei, eu me nivelei

Àquela dama dos sinais

Fui a ré perante os guris e me condenei

Mas não te perdoei

O amor não tem sursis

Hoje eu reli tua carta com paixão

Depois eu ri, que data prum perdão

Mas nosso amor é uma revolução

Eu e você

Amor, também não sei, te amo

Te amo


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